sábado, 27 de outubro de 2012

Eu, o Médico e a Arte

Já vivenciei a era dos leitores, a dos ouvintes, e a era dos telespectadores. Agora estou na era dos interatores. É a arte de interagir, a ciberarte. Posso afirmar que nenhuma arte substitui a outra, a fotografia não substituiu a pintura, mas a fotografia é a ampliação da arte de pintar. Entretanto, não haveria a evolução da pintura (cubismo, impressionismo) sem a fotografia. Considero todas as invenções que ampliam o espaço pré existente, sem copiá-los, como uma grande arte. A arte é isso, é ampliar espaços visuais, sensitivos, sonoros, intelectuais, de modo a interagir e fazer nascer sensações, aumentando o pulsar do coração. E os artistas estão justamente na fronteira onde o espaço pode ser ampliado. Uma mente livre, sem preconceitos e a atualização permanente, nos permite enxergar espaços e ampliá-los. Portanto, o som e o instrumento para o músico, o pincel e a tinta para pintor, são como o conhecimento e tecnologia para o médico.

O SUS E A PRECARIZAÇÃO PROFISSIONAL


Vejam essa!  Em SP a Educação é a mais petista (Haddad 95,7%) e a Enfermagem é a mais tucana (Serra 64,7%). E o IME é mais petista que a ECA. 
De fato, a saúde foi a área que mais se precarizou nos últimos 12 anos. Isso de forma uniforme em todo o país. Então, quando a Enfermagem se manifesta a favor de Serra, é voto de indignação ao sistema atual nacional, e não de apoio ao PSDB-SP.
Os profissionais da saúde no Brasil, desde que Serra saiu do Ministério da Saúde não têm acesso à educação permanente. Estas não chegam à base e o QualificaSUS é um programa falho e incompetente. É lógico, portanto, que a nível municipal para qualquer prefeito melhorar essa situação terá que atuar frente aos profissionais da saúde através da valorização e melhorias de trabalho. Já que Educação Permanente é de competência também federal e estadual.
O que houve? Simples: aumentaram o acesso à saúde mas não se preocuparam com os profissionais. É como receber uma visita de 20 pessoas, só ter 4 cadeiras e apenas água para servir.
E desde então, no SUS, os programas são todos voltados à aumentar o acesso (QUANTIDADE) sem a mínima para os profissionais e o arsenal de trabalho (QUALIDADE). É como soldados numa guerra sem armas, estratégias e sem capacitação. 
Entretanto, se houve muito investimento para profissionais de saúde, me perdoem ... esse dinheiro foi perdido no percurso ou muito mal empregado. E Isso, é culpa da gestão.